Que a leitura te inspire.Que a vida te floresça.

Este é um caminho teu pra conhecimento nosso.Delicie-se!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Desembaçamento


Repaginei a história
Esta terá final feliz
Passei a tarde a desembaçar um espelho velho
A cada centímetro limpo
Sensação de liberdade me tomava
Ordenei a mudança de seres que habitavam
Minha casa,minhas roupas e esperança
Antes de qualquer resposta cruzei a porta
O medo me esperava na esquina
Encarei-o e desviei
Meu caminho é diferenciado
Explico as vezes e convenço depois
Incongruente nas adversidades bandidas
Diversidade bem vinda
Pluralidade na felicidade outrora cartesiana
Chorei rios,lagos e mares
Maquinei a derrota e hoje vivo a recompensa da ousadia.

Palavras



As palavras vem e vão com facilidade incomparável
Confortam e desfazem-se na sinceridade do sorriso
Acompanham até as portas do paraíso
E nos deixa livres pra nele entrarmos sós
As palavras não nos rouba o êxtase
Se propõe a serem coadjuvantes do espetáculo
Seu clímax é esse
Ver-nos gemer sem pudor diante do embaraço do prazer
Apenas sussuros e ardores aceitos
Sons dispersos
Viajem as palavras dentro de mim
Passagem gratuita e nada forjada
Letras e paixões palavras cantadas

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Fama


Consolidação de um sucesso repentino
Ouço platéia desvairada
Me viro devagar procurando
Entre fios loiros,ruivos e azuis
Procuro os fios afros de minha encantada
Seria encantadora?
Desajeitado em cima do palco
Equilíbrio tomou rumo ignorado
Preferência pra sobriedade acompanhado
Trajeto mal feito enfim
Retiro maquiagem e reconheço pouco meus olhos
De quem é este nariz?
Essa boca beijará quem além dela?
Cacos e assaltos refinamento sobressaltado
Um feito objetivamente deixado pra trás
Satisfação nela e pra ela
Aplausos me afanam mas só Marisa me acalma

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Orações


De quando em quando faço orações
Nem sempre aprecio idas a missas
Mas gosto de sermões dominicais
O cheiro de velas me repele
Mas a mística do homem de Jerusalém
Traz fascínio aos meus olhos tempestuosos
Acordo assim sempre
Uma fé reavivada e me prosto em leituras bíblicas
A revolução de um homem em paz
A evolução de homens comuns ao ouvirem as palavras deste sábio
Determinação no caminho novo
Busca por um céu que pode azul não ser
Sermões sérios denotando compromisso
Imposição deixada de lado
Amor as regras território da plenitude
A finitude carrega consolo
E neste momento choro
Há de ter fim tardes de dor
Feridas de rancor,marasmo
Acendo velas em agradecimento minha oração perfeita.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Aplausos


Explicação rápida
Cada dia mais livre da paixão que cerceia
Aquela limitadora e intrusa
Quase assassina
Respiração que se vai
Palpitações que vem
Realidade minha alegria ao lado teu
Em afirmações ficas rouca
Teu olhar perdido de timidez é minha loucura
Tentativas de ser a mulher perfeita
Enrosca-se toda mas não trapaceia
Espectador deste espetáculo
Aplausos sinceros
Cena por cena não perco nenhuma
Parabenizo a atuação de ti minha dama
Faça-se minha partilhemos a trama.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Três


Conclui mais uma vez
Será possível nos entendermos
Sem a intervenção de outrem?
Perdôo traições,subjugo frustrações
Dedico-lhe páginas inteiras
Mas quero promessa
Exigo certeza
Compromisso entre nós
Olhares possíveis,beijos flamejantes
Corpos unidos sob minha respiração
Consentimento atraído pelo retorno
Noites adentro em apartamento nosso
Descarto telefonemas prefiro e-mails
Perscruto detalhadamente
Permito-lhe um alguém
Desprezo o desdém
Bem no dizer fácil compreensão
Assentir com a tragédia
Modo inteligente de tratar a solidão.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Vestido


Vestido branco
Salpicado de flores azuis
Cabelos compridos
Enrolados até o meio das costas
Violoncelo por escudo
Sério absorto em seu corpanzil coberto
Ela suave como primavera
Aguarda
Sua postura prediz convicção
Ainda que destino incerto seja
Poderá trocar sonho de musicista
E abraçar as artes cênicas
Se essa pseudo firmeza for apenas estratégia
Iria com ela
Se convite fosse estendido
Enquanto a sorte não chega
Me alimento de flores azuis.