Que a leitura te inspire.Que a vida te floresça.

Este é um caminho teu pra conhecimento nosso.Delicie-se!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Um certo Eduardo(Guarulhos)

Olhos arredondados tal qual a Terra
Em seu mundo o tudo se inicia no beijo de Andréia,
Pâmela,Sandra,Valéria
Desenha como se sonhasse realidades abstratas
Subscreve desejos,sublinha contos antigos de Lygia Bojunga
E crê de forma concisa no planejamento de um todo melhor
Invenção?
Responderia ele:fé
Em quê?
Talvez no Deus,como escreveu certa vez Lispector
Faz de seu mundo pop um quase rock
Com levadas de guitarras sobrepostas por violinos
Não canta,ouve
Escreve e lê
Desenha e não mostra
Expõe teu ser nos beijos
Imprime sua arte de amar nos lábios de Paula,Janaína
Rosália,Bia,Carmem,Sueli,Lia.

sábado, 6 de novembro de 2010

Sabores

Almas primas
Gêmeas descreio,descontente deve ser
Não é a minha face que desejo ver ao lado pela manhã
Acordando eu quero o efeito do inusitado
Descobrir nela aquela pinta escondida
Aquelas sardas que só quem se faz um,consegue identificar no outro
Somos primos por assim dizer
Há semelhanças diversas
E o diverso constrói o universo de nós dois
Ando atarefado pra fazer nosso jantar
E quando chego cansado
Há sopa de nhame que apenas ela faz
Salgada ao extremo e deliciosa
Invariavelmente
Sal e sabor andam juntos
Nossa construção é assim
Sopa de nhame,paciência,sal e aipim.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Germany

Foi olhando pra ela que me vi
Cabia seu corpo perfeito naquele vestido irregular
Todo meu o corpanzil branco e sereno dela
Suas curvas generosas,porcentagem e vantagens desfrutadas
Torno-me egoísta ao vê-la,possuí-la,beija-la e tocar teu corpo como meu instrumento mágico
Notas que apenas eu,instrumentista e maestro tenho o direito por autoria de tocar
Faço anotações,calculo medidas,refaço situações para mantê-la
Entrete-la
Não a quero em teatros,cafés,cinemas
Não desejo dividi-la
Quero-a aqui meu bibelô,meu quadro,minha orfã feliz
Egoísta que sou,mantenho Bianca, em mim
E o tudo,muito ou pouco que me doa ela
É a cota merecida
Pudera ela ser generosa em suas cotas de bondade para comigo
Economiza,ela, sorrisos e afetos publicos
Revela-se no momento oportuno do tesão encarecido
Profundeza de prazer
Garante-me ela minha cota de prazer
Sem sorrisos na manhã seguinte
Nosso jogo afro alemão

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Verdades

No silêncio não há dor ou felicidade
Ha um cortante som do vento
Forte pela manhã,fraco a tarde,inexistente na noite
É escuro e isto não significa algo ruim
Claridade irrita-me os olhos
Penso
Nem sempre existo
Resisto a dura prova de ouvir a mim mesmo
Cansa-me vozes
Agudas,médias ou graves
Ouço-me
Através de meus olhos,joelhos e por vezes ouvidos
Utilizo o todo
E rezo
Religião me acompanha e eu a ela
Hoje em dia quando me calo
Fico contente
Quando falo,penso,pensar me faz ser político
Foge-me a realidade das palavras
Logo,inexisto.

sábado, 16 de outubro de 2010

Entranhas

Sempre foi assim
Sorrisos pela manhã
Piadas ao entardecer
É estranho porém engraçado
Inviável e possivelmente normal
Nossa rotina colorida
Prêt à porter
Um ter sem necessidade de ser
O sim que traduz aquele talvez
A certeza do caos em meio a beleza do indizível
Realidade definida no beijo de boa noite
Preparação pra mais uma manhã
O amanhã é nosso

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Dias nossos

Lendo aquele nosso antigo livro
Lembrei-me da tarde em que nos conhecemos
Naquela galeria de arte em frente a Cafeteria Dos Grandes
Quem diria que a Liberdade abrigaria tão belo acervo que não viesse a ser diretamente relacionado a cultura japonesa?
Neste instante me apaixonei por estes olhos rasgados teus
A perscrutar cada centímetro de mim,transportando para mim a atenção antes apenas dada ao nosso querido Matisse
Me senti de certa forma invadido e apreciado
Síndrome de Estocolmo?
Prefiro a definição de meus sobrinhos:Tesão imediato,tio.
É tão bom esse frescor jovem sem meias palavras ou meio tom
Nos olhavamos
Até hoje não consigo esquecer quando fomos pela primeira vez para Holanda
Voce achando tudo permissivo demais
Ficou revoltado com a prostituição legalizada,e com drogas comercializadas livremente
Discurso este sempre acompanhado com tua taça de vinho inseparavel
Eu rindo de ti descaradamente
E você lá,o intelectual do ano
Me tomavas pela mão ao terminar teu discurso infindavel e sem convite algum,cerimônia diplomática,ou algum pedido eventual;possuía-me
Nunca errastes o tempo de nos fazermos um
Mamilos meus naquele instante taças tuas
Teu mastro tão rígido e forte em mim se fez poderio,ordem e comando
Releio nosso livro hoje
E rezo para que tua volta seja tão rapida quanto nossas idas juntos ao banheiro de qualquer cafeteria russa quando nossos corpos sentiam-se atraídos pelo cheiro um do outro
Volte logo daí,Berlim não pode ser tão longe de Salvador como dizem alguns.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Anderson

Ao olhar pra ele
A pele branca,rosto quadrado,labios rasos,voz suave,leve tom grave
Loiro
Ao olhar o outro afro descendente,mulato brejeiro,brasileiro típico
Cabelos enrolados,voz grave,negra voz
No cruzar de olhos latente desejo
Nada é tudo
No profundo que o sexo permite
Não há gemido,não há dor
Gozo somente
Simulação não dissimulada do prazer livre
Pele negra,pele branca
Soma que não traz o tom cinza
Discordam da aquarela infantil
Loiro negro negro loiro
Dois em um
Barítono e tenor afinado dueto.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Revisitei o castelo antigo das emoções
O som do cravo a embalar o coração
Arrazoavam pensamentos sobre mim
Onde estará ela?Interrogavam-me de forma a empurrar contra a parede
Grande parede da dor
Subi escadas,fui ao lago,contornei bosques
Enderecei meu amor a ti
Crendo ser suficiente para tua volta
Não sei onde fostes,por onde andas,se porventura me ouves
Precaver-me desta dor ja não mais posso
Que voe ao longe,voce.Que seja feliz um dia
Recuperar-me ei certa noite,não esta,não a de hoje
Mas em uma próxima;creio!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Torpor

Biscoito de maizena,xícara de leite
Canela colore este líquido quente
Recusa açúcar
Mundo doce espanta
Por fim a graça
Encolhe a flor no jardim
Bem cuidado ele begônias,lírios,jasmim
Reflete na vidraça empírica
Cabelos seus enrolados qual arames macios
Se vê
Veem-se,pois,flores observam
A caneca invejosa desdenha
Da sorte desta xícara em destaque:
"Pudera ser eu forte infante a esta brancura inata de tal semelhante"exaspera
Falta chá,
Falta aroma,
Falta rumo,falta estranha
No muito de sua vida,há falta
Falta dele seu anjo negro de olhos puxados
Seu chinês de alma européia
Sua echarpe mais um charme mais um toque
Seu frances natural da Argélia,falta faz
Falta Wang o filho esperado
Tua parte de Xangai,tua essencia real
Presente chines,presente que traz.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Direcionamento

Esquisita direção tomada
Contraria a realidade colocada a frente
De costas pro muro de marfim
Segue
Despedeçe-se ao poucos
Pequenos gestos
Sinais
Face branca de um adeus
Aos passantes uma vez apenas
O favor do adeus
Sem se ressentir,averiguar ou presumir
Rumo desconcertado,desconcertante
Transeunte é
Mais em meio a tantos se faz

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Coragem

Com o batom a pintar-lhe
Solicitou as lembranças
Que a deixassem por alguns instantes
Completamente consigo
No silencio profundo
Pode ouvir-se
Voz calma e multipla
"Aconselho-te deveras,o perdão te faz grande,forte Regina"
Pequenez desejou
Embalada pela voz dormiu
Acordou gigante mulher
Desbravou sua média sala de estar
Discou pra ele
Sua maior missão
Ouvir tua voz,manter-se fiel
Avisa-lo do adeus

Coelho Escuro (Para V.V)

Perto da arvore
Nós
Lado oposto sois
Afirmastes com certeza cabal:
"Amor recorrente,amor que abrange,amor que abraça"
Tenaz afirmação,pueril não sera
Bravura espero na contenção do ato
Sóis fortes aquecem aqui
Vós frequente duvida,és
Indulgente regente,só
Maestria em laços,recatado homem se faz par
Eis a sorte
Fino trato ao explorar o compasso
Daquele a quem
Palavras sugerem

sábado, 10 de julho de 2010

Fluente

Negra bela flor
Desceu a ladeira a la Simonal
Com curtas tranças feitas
Com anel de prata no dedo anelar
Pequena cruz ortodoxa no pescoço de gazela
Rezava de manhã certa mistura de línguas
Parecia-me iídiche
Seria judia?
Sarah seu nome
Sobrenome indefinido
Certa vez a vi beijar um homem
Inveja sem igual esta me deu
Poderia ter sido homem sorteado eu
Disse aos céus,reclamei a mim
Assim fosse dela seria
Eu dela Dela eu
Bela fonte,apogeu

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Jazz

Bom piano de Michel Freidenson grita
Afinado grito de quem sabe
Fazer ou ser feito?
Efeito contrario seria ilógico
Lógica magica de sabios
Sim és um deles,inegavel
Ressoa dentro do peito notas agudas
Consigo toca-las
A viagem que faço é tranquila
Minha maior estrela
Presente entregue candidamente
É feito de imagens e tons
Vejo distorcidamente,distraidamente,díspare conforto
Algo próximo daquilo que ja vi
Dalí,Milhazes,Malfatti
Fadado ao sucesso,retorno
Acordo,aplausos,finale
Show,grande,realidade,propósito
Cálido

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Juntos

Olhos marejados
Fecham se de repente
Mediante o beijo dado
O carinho da pele tocada
Presença inestimavel do coração
Ali batendo pertinho brincando sorrindo
Pulava feito menino,feito menina
Feliz
Boca chega ao pescoço
Suga-o
Este resiste ao movimento
Labios se encontram novamente
Quarta vez em meio segundo cronometrado
Seu,sua,nosso,suor
Ao redor do casal uma redoma
Dizem que brilhava
Não seria fogo,não seria paixão
Afirmam os mais velhos ser amor
Amor que brilha com toda sua razão
Ou falta dela,apenas existe resiste
Revela.

N.

Da forma como descrevo
Magro rosto largo sorriso enigmatico
Olhar cortante
Tatuagens espalhadas,obra de arte
Tive a displicencia de nelas passear
Seu abdomem como de um macho pré histórico
Traz consigo a força desejada
E em teu nome a sutileza
Algo doce me relembrou tempos idos
Hoje vindo o prazer
Língua em partes escusas
Dedos ferramentas bem usadas
E o tudo
Todo seu corpo em mim
Um sem fim de tremor
Ousei suspirar gemer e chorar
O prazer é isso
Convergencia de dor fluídos e lambidas,atrevido.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Chegada

Caberia num jarro,vaso ou copo?
De plastico,vidro,diamante
Ousaria por no prato?
Alimenta-lo e alimentar-me
Guarda roupa ou sapateiro?
Ousaria vesti-lo?
Transportaria pra onde?
Com quem ou como?
Alteraria meu estado
Estar...
Como chegastes idéia vaga tenho
Se repousas?
Sobre este fato varias,incontaveis duvidas
Duvidas que antes dele era apenas eu
Um outro eu um tanto quanto exasperado
Inconsequente,insólito,desarrumado
Mas um outro eu
Este que antes reconheceria facilmente
Em alguma exposição,em algum teatro,entre vinhos e fatos
Lendo jornais e sendo noticia
Ah,a este sim verossimilhança a proa
Hoje ja nem tanto
Posso ser confundido facilmente como mais um no meio de todos
Tolo tonto rodopiante
Percebes a diferença?
Fostes assim deste modo inesperado
Pressentido,claro mas inesperado admito
E tenho feito dessa maneira
Vivido a base do intenso
Do perfeito
Daquilo que não ouso dizer em tom audível
Medo tenho de assusta-lo e assim
Oh e assim
Melhor nem pensar
Verdade é que o não pensarcontinua a ser brincadeira de incautos
Melhor será não dizer
Mas sussurrar,contra o sussurro não a lei
Sou protegido pelo sindicato dos amantes autonomos
E quem ja não foi?Ou é?
Doente seria ou ladrão de mulher.

Saudações

Descubra o véu
Há santidade ali
Por detras ou pelo lado
É tudo gente no mesmo estado
Raro como sol e chuva
Turva noite quente dia
Alegria em cada passo
Seria recalque caso soasse intransigente
Olhando todos juntos
Infelicidade,arrepio,soturno
Sera esta?
Infelicidade infeliz cidade
Haja alguém capaz
Capacitado sejam todos
Ao descobrir a verdade toda
Que anulada não seja a sorte
Infeliz os outros
Mas o todo afeta tambem o eu
Este eu que depende de outros
Estes outros que sorriem não hoje feito eu.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Artista.

Com o vento que não cessa
A força que encontra tem sido essa
Descreve o passar do tempo
Rejeita o erro humano
Aceita a beleza encontrada
Destrói o pesadelo advindo
Advertido por ser de tal maneira diferente
Recompõe-se em versos fartos
Alheio a fatos casuais
Transgride qual Tarsila
Em sua intensa semana
Bem vinda seja...Arte.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Suruba

Foram pernas e mãos
Mãos e cabeças
Pélvis e relva
Canção sem versos
Um tudo oblíquo
Este nada restante presente
No silêncio do ato quase bendito
A lição se esconde
Espera-se a limpeza

Religiosidade Antiga

Confesso que hoje te deixo.
Não olho pra trás,ouço baixo tua voz.
A palavra:Não! é limitadora
Me constrange ter que dize-la
Pensei ser pra sempre,senão o amor
Ao menos a simplicidade que o traduz.
Estou só e dói.
Ristes de mim junto aos teus?
Fizestes piadas,trapaças,sonetos,músicas:
Com meu nome?
Meus sonhos?
Segredos compartilhados ali?
És tu como a poeira que paira na janela
Da qual necessito limpar
E faço com satisfação tal que sinto frenesi
Fostes sal,fostes água
Hoje és trevas que não mais paira por aqui.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Sono

Resfria o coração
Quando longe de ti
Choraminga pobre ele
Falta tua
Creio eu,fé tenho
Um dia voltarás
Sim fé tenho para tal ato concretizar
No teu reino não há encanto quando por perto não estas
Reino nosso entre plantas,palmeiras e flores
Fechastes os olhos como se dormisse a tarde
Há tres dias espero teu sono passar
Mal respiro ao ver-te inerte entre lencóis,travesseros e fronhas
Levanta-te Ivana
Preparei café nosso
Café sem caféina,biscoitos,gelatina,pasta de amendoim e pistache
Mas não quero ó rainha perturbar-te minha menina
Com fé espero por mais dias que tu acorde,garota minha.

Florinda

Bastou-lhe uma flor
Singelo amarelo a rodear suas pétalas
No centro bem ali onde muitos chamam pólen
Uma rouxidão concentrada
O mais é calmaria
Ao procurar seu cheiro crendo ser doce
Sentiu apenas leve aroma cítrico
Olhou o amado por detrás de seus óculos marrons
Beijou suas mãos
Devolveu-lhe o sorriso

terça-feira, 25 de maio de 2010

Nascimento

Quando se faz poesia?
Ao perceber a rocha sozinha?
No fato de não ter aliados?
Comumente relato dos desavisados?
Quando se faz poesia?
Na necessidade estranha de um desabafo?
Entorpecimento de vinho de velhos inaptos?
Poesia se faz quando?
Perguntas e respostas se fundem um tanto
Insurgência,demência ou pranto
Nascedouro de Drummond's,Marinas,Nejares,Cecílias
Seria na pétala mãe?
Rosa grávida de sonho?
Faz-se quando a poesia?
No silêncio da alma enlameada do todo,que se cala tranquila em meio a rumores
Nasce eu,
Nasce ela,
Espiando a vida,janela.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Vegan

Pingou o café
Detesto teu gosto
Teu cheiro é bom
Pincelei a gema desagradavel é
Trabalho assim,desgosto de dores
Desinteressa-me o alho
Dias e noite a cozinhar
Sonhei com brócolis ontem,conversei com couve flor
Bolo de carne não entra
Neste sonho vegetariano de amor.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Ensejo

Arranque o pé de laranja lima
Limpe o quadro pintado à toa
Recrie a ponte da vida,Vila