Lendo aquele nosso antigo livro
Lembrei-me da tarde em que nos conhecemos
Naquela galeria de arte em frente a Cafeteria Dos Grandes
Quem diria que a Liberdade abrigaria tão belo acervo que não viesse a ser diretamente relacionado a cultura japonesa?
Neste instante me apaixonei por estes olhos rasgados teus
A perscrutar cada centímetro de mim,transportando para mim a atenção antes apenas dada ao nosso querido Matisse
Me senti de certa forma invadido e apreciado
Síndrome de Estocolmo?
Prefiro a definição de meus sobrinhos:Tesão imediato,tio.
É tão bom esse frescor jovem sem meias palavras ou meio tom
Nos olhavamos
Até hoje não consigo esquecer quando fomos pela primeira vez para Holanda
Voce achando tudo permissivo demais
Ficou revoltado com a prostituição legalizada,e com drogas comercializadas livremente
Discurso este sempre acompanhado com tua taça de vinho inseparavel
Eu rindo de ti descaradamente
E você lá,o intelectual do ano
Me tomavas pela mão ao terminar teu discurso infindavel e sem convite algum,cerimônia diplomática,ou algum pedido eventual;possuía-me
Nunca errastes o tempo de nos fazermos um
Mamilos meus naquele instante taças tuas
Teu mastro tão rígido e forte em mim se fez poderio,ordem e comando
Releio nosso livro hoje
E rezo para que tua volta seja tão rapida quanto nossas idas juntos ao banheiro de qualquer cafeteria russa quando nossos corpos sentiam-se atraídos pelo cheiro um do outro
Volte logo daí,Berlim não pode ser tão longe de Salvador como dizem alguns.
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