Que a leitura te inspire.Que a vida te floresça.

Este é um caminho teu pra conhecimento nosso.Delicie-se!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Torpor

Biscoito de maizena,xícara de leite
Canela colore este líquido quente
Recusa açúcar
Mundo doce espanta
Por fim a graça
Encolhe a flor no jardim
Bem cuidado ele begônias,lírios,jasmim
Reflete na vidraça empírica
Cabelos seus enrolados qual arames macios
Se vê
Veem-se,pois,flores observam
A caneca invejosa desdenha
Da sorte desta xícara em destaque:
"Pudera ser eu forte infante a esta brancura inata de tal semelhante"exaspera
Falta chá,
Falta aroma,
Falta rumo,falta estranha
No muito de sua vida,há falta
Falta dele seu anjo negro de olhos puxados
Seu chinês de alma européia
Sua echarpe mais um charme mais um toque
Seu frances natural da Argélia,falta faz
Falta Wang o filho esperado
Tua parte de Xangai,tua essencia real
Presente chines,presente que traz.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Direcionamento

Esquisita direção tomada
Contraria a realidade colocada a frente
De costas pro muro de marfim
Segue
Despedeçe-se ao poucos
Pequenos gestos
Sinais
Face branca de um adeus
Aos passantes uma vez apenas
O favor do adeus
Sem se ressentir,averiguar ou presumir
Rumo desconcertado,desconcertante
Transeunte é
Mais em meio a tantos se faz

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Coragem

Com o batom a pintar-lhe
Solicitou as lembranças
Que a deixassem por alguns instantes
Completamente consigo
No silencio profundo
Pode ouvir-se
Voz calma e multipla
"Aconselho-te deveras,o perdão te faz grande,forte Regina"
Pequenez desejou
Embalada pela voz dormiu
Acordou gigante mulher
Desbravou sua média sala de estar
Discou pra ele
Sua maior missão
Ouvir tua voz,manter-se fiel
Avisa-lo do adeus

Coelho Escuro (Para V.V)

Perto da arvore
Nós
Lado oposto sois
Afirmastes com certeza cabal:
"Amor recorrente,amor que abrange,amor que abraça"
Tenaz afirmação,pueril não sera
Bravura espero na contenção do ato
Sóis fortes aquecem aqui
Vós frequente duvida,és
Indulgente regente,só
Maestria em laços,recatado homem se faz par
Eis a sorte
Fino trato ao explorar o compasso
Daquele a quem
Palavras sugerem

sábado, 10 de julho de 2010

Fluente

Negra bela flor
Desceu a ladeira a la Simonal
Com curtas tranças feitas
Com anel de prata no dedo anelar
Pequena cruz ortodoxa no pescoço de gazela
Rezava de manhã certa mistura de línguas
Parecia-me iídiche
Seria judia?
Sarah seu nome
Sobrenome indefinido
Certa vez a vi beijar um homem
Inveja sem igual esta me deu
Poderia ter sido homem sorteado eu
Disse aos céus,reclamei a mim
Assim fosse dela seria
Eu dela Dela eu
Bela fonte,apogeu

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Jazz

Bom piano de Michel Freidenson grita
Afinado grito de quem sabe
Fazer ou ser feito?
Efeito contrario seria ilógico
Lógica magica de sabios
Sim és um deles,inegavel
Ressoa dentro do peito notas agudas
Consigo toca-las
A viagem que faço é tranquila
Minha maior estrela
Presente entregue candidamente
É feito de imagens e tons
Vejo distorcidamente,distraidamente,díspare conforto
Algo próximo daquilo que ja vi
Dalí,Milhazes,Malfatti
Fadado ao sucesso,retorno
Acordo,aplausos,finale
Show,grande,realidade,propósito
Cálido

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Juntos

Olhos marejados
Fecham se de repente
Mediante o beijo dado
O carinho da pele tocada
Presença inestimavel do coração
Ali batendo pertinho brincando sorrindo
Pulava feito menino,feito menina
Feliz
Boca chega ao pescoço
Suga-o
Este resiste ao movimento
Labios se encontram novamente
Quarta vez em meio segundo cronometrado
Seu,sua,nosso,suor
Ao redor do casal uma redoma
Dizem que brilhava
Não seria fogo,não seria paixão
Afirmam os mais velhos ser amor
Amor que brilha com toda sua razão
Ou falta dela,apenas existe resiste
Revela.

N.

Da forma como descrevo
Magro rosto largo sorriso enigmatico
Olhar cortante
Tatuagens espalhadas,obra de arte
Tive a displicencia de nelas passear
Seu abdomem como de um macho pré histórico
Traz consigo a força desejada
E em teu nome a sutileza
Algo doce me relembrou tempos idos
Hoje vindo o prazer
Língua em partes escusas
Dedos ferramentas bem usadas
E o tudo
Todo seu corpo em mim
Um sem fim de tremor
Ousei suspirar gemer e chorar
O prazer é isso
Convergencia de dor fluídos e lambidas,atrevido.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Chegada

Caberia num jarro,vaso ou copo?
De plastico,vidro,diamante
Ousaria por no prato?
Alimenta-lo e alimentar-me
Guarda roupa ou sapateiro?
Ousaria vesti-lo?
Transportaria pra onde?
Com quem ou como?
Alteraria meu estado
Estar...
Como chegastes idéia vaga tenho
Se repousas?
Sobre este fato varias,incontaveis duvidas
Duvidas que antes dele era apenas eu
Um outro eu um tanto quanto exasperado
Inconsequente,insólito,desarrumado
Mas um outro eu
Este que antes reconheceria facilmente
Em alguma exposição,em algum teatro,entre vinhos e fatos
Lendo jornais e sendo noticia
Ah,a este sim verossimilhança a proa
Hoje ja nem tanto
Posso ser confundido facilmente como mais um no meio de todos
Tolo tonto rodopiante
Percebes a diferença?
Fostes assim deste modo inesperado
Pressentido,claro mas inesperado admito
E tenho feito dessa maneira
Vivido a base do intenso
Do perfeito
Daquilo que não ouso dizer em tom audível
Medo tenho de assusta-lo e assim
Oh e assim
Melhor nem pensar
Verdade é que o não pensarcontinua a ser brincadeira de incautos
Melhor será não dizer
Mas sussurrar,contra o sussurro não a lei
Sou protegido pelo sindicato dos amantes autonomos
E quem ja não foi?Ou é?
Doente seria ou ladrão de mulher.

Saudações

Descubra o véu
Há santidade ali
Por detras ou pelo lado
É tudo gente no mesmo estado
Raro como sol e chuva
Turva noite quente dia
Alegria em cada passo
Seria recalque caso soasse intransigente
Olhando todos juntos
Infelicidade,arrepio,soturno
Sera esta?
Infelicidade infeliz cidade
Haja alguém capaz
Capacitado sejam todos
Ao descobrir a verdade toda
Que anulada não seja a sorte
Infeliz os outros
Mas o todo afeta tambem o eu
Este eu que depende de outros
Estes outros que sorriem não hoje feito eu.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Artista.

Com o vento que não cessa
A força que encontra tem sido essa
Descreve o passar do tempo
Rejeita o erro humano
Aceita a beleza encontrada
Destrói o pesadelo advindo
Advertido por ser de tal maneira diferente
Recompõe-se em versos fartos
Alheio a fatos casuais
Transgride qual Tarsila
Em sua intensa semana
Bem vinda seja...Arte.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Suruba

Foram pernas e mãos
Mãos e cabeças
Pélvis e relva
Canção sem versos
Um tudo oblíquo
Este nada restante presente
No silêncio do ato quase bendito
A lição se esconde
Espera-se a limpeza

Religiosidade Antiga

Confesso que hoje te deixo.
Não olho pra trás,ouço baixo tua voz.
A palavra:Não! é limitadora
Me constrange ter que dize-la
Pensei ser pra sempre,senão o amor
Ao menos a simplicidade que o traduz.
Estou só e dói.
Ristes de mim junto aos teus?
Fizestes piadas,trapaças,sonetos,músicas:
Com meu nome?
Meus sonhos?
Segredos compartilhados ali?
És tu como a poeira que paira na janela
Da qual necessito limpar
E faço com satisfação tal que sinto frenesi
Fostes sal,fostes água
Hoje és trevas que não mais paira por aqui.