Que a leitura te inspire.Que a vida te floresça.
Este é um caminho teu pra conhecimento nosso.Delicie-se!
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Suor
Um corpo estendido na cama
Respira tranquilamente de olhos fechados
Nos lábios um sorriso desenhado
As pernas longas parecem dançar
Entre lençóis
Chego devagar e beijo seu pequeno umbigo
Saliva e suor combinam de tal modo
Vou ao seu sexo
Lábios em conversas tranversais
Travam discurso sobre o prazer
Pretendem levar a cabo toda a conversação
Ouço longo gemido
Sem pensar entro nestes lábios
Com força e desejo
Mais gemidos e gozos
Nos entendemos sempre quando conversamos assim
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Frascos
Trafico em frascos
Levo a quem me pede
Ofereço aos que desconhecem
Olfato é porta de entrada
Uma vez experimentado
Mudança se faz
Este labor dá orgulho
Sem vergonha alguma
Importa a mim divulgar
Droga de vida se torna
Sem este
Utilizo igualmente
Oferecerei a ti
Lambuze-se deste entorpecente
Afaste os paradigmas de ontem
Trago o amor em gotas
Embalado com segurança e abraço
Cheire-o
Repelente da dor e cansaço
Sinta a mudança,toque o acaso
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Equilibrando
É este chão que me faz poeta
Esse rio que flui em mim
No trapézio dos sentimentos
Agarro firme
Praticando as ações competitivas
Incógnitas respostas aprendo
Arrepio nas costas largas
Lago,escudo do amor
Áridez esquecida
Envolvido na travessia de si
Clemente aos passantes
Só um uivo
Só o vento
Só a vivência lhe traz decência
Requerida,desejada,acabrunhada
Ao menos uma vez,só
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Definição
Difícil guardar lembrança
Tudo rápido e definitivo
Meias palavras em copo cheio de pudor
Rancor de vidas atrás e tudo o mais
Possível semelhança
Déja vu além mar
Quieta num canto após despejo de ódio
Gotejar inconsequente na cabeça inocente
Menor distinção,menor regozijo
Fim de linha,final de história
Acreditou...
Assombrou-se ao ouvir a porta bater
Apenas a sombra de uma silhueta esguia
Distancia-se à passos largos
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Bruxaria
Indignada com a injustiça
Bota as mãos nas cadeiras e levanta a sobrancelha esquerda
Marcha contra a batalha
Ri da avalanche às avessas
Faz sua comida natural e bebe àgua
Suco de vida,insiste em repetir
Fumega o caldeirão querido
Batata,cenoura,berinjela e abóbora
Colore a vida dessa maneira
Levanta as mãos e agradece
Move os lábios devagar em oração
Elegante e sincera ela sorri
Sua poção me envenenou
Morri ontem
Renasci nessa manhã
Bruxa naturalista,apaixonei-me por esta.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Madrugada
Acorda as 4:30 procurando sonhos inacabados
Rola pela cama
Pensamentos não lhe sustém
Madeira,colchão de espuma,lençol,edredom e vazio
Vazio que ocupa o peito
Fora transformado em vaselina e prazer
Prazer regrado
Contado com todos seus segredos
Dizeres simples jogados pela janela
Triturados nos compressores modernos
Fatia de pão,fatia de sol,fatia de dor
Em porções pequenas são entregues os comprimidos
Antítese da matéria prima
Ele acorda as 4:30 procurando sonhos inacabados
Inacabados sonhos,sonhos e fim...
Banquete
Se fez assim
Chegou solitária cantando um blues
Saia comprida hippie oitentista
Cabelo curto qual francesa
Um olhar de Marlene Dietrich
E voz grave idêntica
Pele morena como areia de praia
Charme e carisma de mãos dadas e saia arrastada
Sem um estilo aparente
Apego nenhum a qualquer modismo
Se faz companhia querida
Amizade antiga
Namoro amigas certas uma paixão correta
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