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sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Exagerados
Levo tudo no exagero
Na ganância e na ansia do agora imediato
Palco com vilipêndio do grupo dos bairristas
mais treino
dedicação
munição e tiros no alvo móvel
cara lavada e nariz de palhaço, somos todos
levo nas costas a cobrança de resultados
e foi assim por toda a vida
ferida em cima de ferida
Acordei infeliz e perguntei ao relógio
Qual o horário exato de ser ?
Me respondeu com tic tac.
Tac tic esperei
Nada veio
trago amor de mão dadas a dor
deixo a rebeldia a esmo de lado e curto o barato
Nada é... o presente nunca está perfeito.
O passado assombra o futuro caio na desgraça alheia
tudo bem
me viro como que cabe
sonhar demais é mesmo vida pobre
mergulho no fundo sem ar
arisco na curva a mais de 200 por hora
Me cubro de orgulho dessa estrada.
Minha estrada
Espero recompensa vinda do céu
Céu dentro de mim
Dias ensolarados faço,nuvens de tempestade também
sera que preciso repetir sempre a historia pra tentar fazer sentido
as vezes morro de rir no segundo seguinte penso em suicidio
A janela do décimo andar me chama
vivo com a impressão que isso nao vai passar
da pra rir e pra chorar?
Choro não da vitimização consciente
A lamúria persegue os lutadores
sorriso é vitrine dos contentes
Enfrento gigantes mas não nocauteio a tristeza
mascara do universo interior
de hoje em diante minha lei
sera que consigo obedecer
de hoje em diante a lei
proibido sofrer
Maurício Bettini e Lincoln
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