Que a leitura te inspire.Que a vida te floresça.

Este é um caminho teu pra conhecimento nosso.Delicie-se!

domingo, 25 de novembro de 2012

Borghetti e Bonilha


Borghetti e Bonilha

Eu,descrente dos deuses artísticos,religiosos ou outros
Preenchido me sinto no teatro vazio
A luz que emana do holofote nem sempre forte
Cadeira vazia pode ser preenchida,a fé me motiva
Transbordo!
Arte de manifestar-se,exibir-se com ousem exagero
Mostrar-se
Dedicar-se ao outro,momento de entrega íntima a alguem/alguns desconhecidos ou não
Forma-se o elo magico
Belo partilhar
Seja partitura,texto dramatico,dança,poesia
Embalado pela canção que mal sei o que diz
Aceito o artista com sua nova vertigem de saber
No palco,ele(s),feito para isso e por isso estou ali
Amo-o
A este artista que diz:"minha vida é tambem aqui"

domingo, 11 de novembro de 2012

Familia

Invalidando vozes do passado,o que fica?
Sentimentos obscuros de situações parcialmente resolvida
Mediante altas filosofias deparo com a fragilidade do choro
Auto controle bola da vez,apregoado como salvador da patria
Ego sai ao encontro de si,grande torcida há para este encontro
Taxativo pensamento que ronda e afirma:Liberte-se
Quem sai ferido?falido?Qual gasto ainda não foi pago?
Tiro a camisa,o desabotoar das calças é como o dia da abolição,só que este meu  ato tem efeito moral e eficiente
Agua sem gelo pela garganta desce
Reflexão e Kafka no sofá verde
Alternativa é:crer no amanhã ou no amanhã crer.

sábado, 3 de novembro de 2012

Religião

Descreio do elitismo advindo da austera cerimonia alemã
Desconfio da gritaria pentecostal na qual verdades próprias são colocadas como realidade de todo e qualquer individuo
Admiro os que descendem de Ismael e os reconheço como irmãos que outros tantos insistem em praguejar
Cético me torno ao ouvir de um Deus que privilegia povos,ou tem por primazia seu selo de lealdade destinado a alguem e/ou alguns
Ouriça me a alma olhar pela janela e observar o jovem rapaz que vislumbra um mundo tão bom quanto eu
Perco o sono ao saber que alguem esmera um plano de extermínio contra um outroque pode ser eu
Olho  pra criança e rezoao Deus que tudo ama e a todos escolhe,recolho flores do jardim destacando a esperança
E torço de forma fecunda,ativa e viva que este Supremo Ser que a tudo vê e ouve me agracie com uma chuva serôdia de paz,amor e refinamento

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Fernanda Takai

Pretenderia ela com seus origamis originais,desfazer a desfaçatez hermeticamente ligada a todos nós?
Arquiteta singular de um mundo seu(o mundo é seu)
Sorri de  algo simetricamente errado/diferente/anormal/disfarçado
Forja um teatro onde protagonista não é
Pelas ruas de Belo Horizonte se esconde,se acha,se vê
No revoar de pássaros a revelia descobre se pura,ninfeta,tenra : Nina
Ademais abre se em alusões místicas  apoiada por John
Derrete se entre avôs e avós
"O mundo é de Deus";um destes diz
Conformada ela,tamborila um samba improvisado
Solta a voz nada contida e a conta gotas dadiva nos com o timbre delicado
A beleza da certeza que é:a moça ousada que não fuma mas toma café  ao pé da escada;transmuta-se de mera mortal em diva paradisiaca,real.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Clara Charf

O medo forte e grande em seu peito não se escondia
Cria na liberdade que seu povo havia obtido certa era do Egito,neste tempo de agora a liberdade que necessita é a do amor ja encontrado
O homem que ama não lhe prometera vida de riqueza,abundancia em móveis ou casa estilo colonial animada por som de festas
Beijara lhe tão somente
Em seus olhos escuros,a pele morena afro e ideal comunista tocara  os sentimentos até então desconhecidos e/ou adormecidos
Fugira com ele
Parcas roupas levara consigo e sua estrela prata
Na noite primeira emocionara se
Mulher branca judia classe media tendo orgasmo nos braços mulatos de um ateu nordestino pobre
Certeza da união perfeita
Houve luz na vida do homem questionador
Escureceu os olhos da jovem judia
Assassinam Marighella,obscurece Clara
Quem calara o pranto de Clara?
Seu amargor diante do mulato morto?
Charf a espera esta de Marighella que insiste em não chegar

sábado, 6 de outubro de 2012

Caminho do Gaucho

Alto,forte,loiro,filósofo dizia ser o eu o tal de Deus
Afirmava ser o racismo a incompetencia de lidar com a diferença,contrario a cotas
Suas contas nunca fechavam o mês
Vez por outra rezava;algo parecido com uma prece anglicana
Firmou o pensamento filosófico em si
Havia contribuições:Platão,Nietzsche,Sócrates,Sartre
Porem seu salto sempre foi interno
Mergulhado em si,escrevia
Porto Alegre seu repouso eterno,capital de sua vida e sorte
Moldura bendita sua sempre foi
Contava com amor arredio,vindo do Pará:Rosalina
Morena bem feita um metro e setenta, toda índia, toda nua, toda sua  em setembro
Em um outubro qualquer casaram se
Marcante mês de Julho,nasce Cauã Piragibe Kauffman
Seu pequeno índio-brasileiro-alemão-judeu
Que por horas a fio vem a ser seu derradeiro EU

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

D. Felicidade

Seria como ela?
Cabelos encaracolados,corpo envolto em vestido florido azulado,chapéu a proteger se do sol benéfico até certo ponto sabe bem ela
Cuidando de flores fartando se de frutos advindos da macieira plantado junto a seu jardim
Caminha pela tarde,corre pela manhã ouve jazz ao entardecer
Dança ao som de Mahalia Jackson encanta se com Barenboim e seus gestos magníficos:maestro
Destina se aquela doceria da esquina onde enamorou se pela torta alemã cujo nome mal sabe pronunciar,aponta para ela e derrete se de prazer
Acaricia o gato preto que por ela espera no apartamento pequeno que possui em Perdizes,pensa em mudar para o Butantã
Aos domingos visita cemitérios e fica a decorar sobrenomes dos falecidos:"Talvez este possa vir a ser um parente distante" imagina com suas presilhas que cumprem excelente papel designado; não deixar as madeixas voarem
Cemitério não é lugar para isso,diz pra si
Lembra se da etiqueta vez por outra ou vez por vez
Desobriga se a explicar seus gostos ou gestos,anima se ao ver Debora Colker com ou sem companhia
Dorme em paz sem chambre ou charme,fecha janelas e portas  e um simples desejopela cabeça passa:repetir amanhã  apenas a paz que envolve a alma,o demais,o depois,e o tardar que se aconchegue em outro lugar.
A imagino assim

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Poster de Mim

Há aqui o tal cuidado
Uns quilos a menos,cabelos ao vento
Unhas bem feitas,medo vencido do tal cirurgião...dentista
Tenho cuidado das flores de dentro
Do caminho interno,em outro momento inerte
Revisto posturas,lido revistas; tatuagem a brotar
Tenho cuidado e tal ato tem sido renascimento contínuo
Refeito o verdadeiro eu outrora perdido entre tantos gestos,atos e pseudo fatos
Reencontro,um outro cuidado

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Vago

Por aí tem passado aquele sr.?
Seu nome mais comum:Amor
Ante a  sua chegada palpitações,tilintar de sinos,tiros de canhão,fogo de dragões no peito
Por aqui há um bom tempo não vem
Terá mudado de transporte?
Antes a jato hoje de trem!?
A pergunta continua:Por onde tem ele estado?
Sergipe,Roraima,Arapeí,Gramado?
Desisto de fato
Não mais vou insistir,sem delongas,remorso ou fastio ireir hoje partir
Me abençoe ele um dia
Com sorriso de Lígia,Ana e Maria
Dispenso Virginia,Cibele ou Cristina
Malfadado torpor
Num repente de pura euforiadescubra na noite tal nostalgia
Receio comum me aguarda
A ele importa o choro do pobre ou a riqueza deletéria da mulata?

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Letras e Tintas

Escrever tem sido:o despertar de sentidos,o mover de talentos.motriz de mundos outros,audição de vozes ocultas
Escrevo um tanto,para poucos,para os vossos,sãos e loucos
Entre cadeira de bibliotecas,bancos de ônibus,em meio a destroços e belezas ínfimas,infinitas e distantes
Terapia minha,concedo desconto
O terreno baldio,o segurança inseguro,o policial pouco modesto,a moça faceira,fogosa,ladina latina morena
Escrevo sobreo o homem mulato tais amores,ardores,horrores e males
Teus cabelos negros e negros aqui estão descritos
Seus sonhos altruístas e atos despóticos
Manuscrito de um todo composto por tudo
Venha versos bailar entre tintas minhas
Azuis,pretas,verdes e mais aguardam te
Esta opereta a ti dedico ato mágico de escrever
E que sentimento por ti não passa?
És belo e  de ti engrandeço a alma
Esta que hoje esbarra nas tintas vermelhas que a tantos isola

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Lar

Quero o exalar do matte,passeando da cozinha até a sala
Quero tapete de retalhos coloridos,próximo aquela minha poltrona escura
Ésquilo e Shakespeare deitados sobre ele
Na estante Sartre,Machado,Foucault e Lutero
Rádio em volume médio, algum sermão protestante  rolando
Preferência em alemão
Um quadro pintado no qual esteja bela mulher negra
No jardim pequeno uma imagem do Cristo Redentor,este meu Rio de Janeiro,Fevereiro e Março
Façanha medonhao entristecer da tarde lá fora
Aqui,certa paz reina na certeza que Deusno silêncio reina.