Que a leitura te inspire.Que a vida te floresça.

Este é um caminho teu pra conhecimento nosso.Delicie-se!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Continuação

Então o adeus se fez real
Observo o dorso da mão
Envolto na dor o possível perdão
Que um dia irei entregar
Perdido na voz o pedido:Fica!
No silêncio o grito inaudível
Impossível sublinhar a frase final
Passividade taciturna pra lá de anormal


Momentos

Se amigo meu fosse o tempo
Me diria aos ouvidos,palavras gentis
Não levaria de mim amantes feris
Nunca poria tal peso,rugas,excessos,desespero
De paz e uvas viveria,enfim
E neste contexto geral
Iria ama lo com ternura por fim

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Baixada

Passo por Santos
A alma consciente registra marcas indeléveis
Prédios bem feitos,rodoviaria elegante
Prostitutas polidas,travestis seminus
Bela ponte,busto preponderante
Rótulos difusos,confirmo o sorriso
Aninhado no peito trago a terceira cidade que vivi(vivo,viverei)feliz
Porto Alegre,Gauratinguetá,Santos
Tríade perfeita pro rotundo poeta mulato safado retinto que diz:Aqui encontrei meu,meu sol,meu povo aprendiz

David

"Quando olhastes bem nos olhos meus..."
Sabedoria do compositor um dia ja registrada
Fomos três
Mais uma vez,eu quis
Insisti
No carro preto,pouca conversa
Sob a bandeira do meu time,sexo
Beijos desencontrados,corpos a procura
Lacuna
Um adeus formal
Não há laços entre nós,não houve
Tudo disperso
Levado ao vento as folhas dos versos sustentados um dia por um quase amor
Traiçoeira beleza de lábios tais

Fernando S.

Doeu imaginar teus grandes músculos no corpo nada franzino deste outro rapaz
Doeu ser preterido
Ter os lábios rejeitados,cortou de forma cruel
Ressaca,três dias insones
Madrugada de choro,fome,aperto no peito dorido
Inveja ladina
Se ao menos uísque fizesse efeito
Ouço Nana Caymmi e percebo a solidão em cada agudo ressonante magistral
Troco de radio mas Zélia Duncan não me ajuda
Repouso tranquilo ao redescobrir Rosa Marya Colin e sua Californa Dreamin
Durmo
Me despeço
Rezo
Belo homem gelo
Fernando
Músculos na medida incorreta do prazer fortuito
Ao meio dia hora do adeus
Fui feliz


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Roça

Avisto rio turvo
Imperturbavel em seu caminho
Ouço o balançar de árvores alvoroçadas
No céu a chuva ensaia sua saída triunfal de cinzas nuvens
Percorro a pé a estrada de terra
Estranho como dizem alguns:estrada de terra
Ignorando as muitas pedras ali contidas
Estas que entram nas botas e incomodam pés reticentes
Respiro fundo
Irritados estes meus olhos virgens de vento que traz consigo toda e quaquer folhagem solta por este campo de meu Deus
Pingos grossos nas costas
A três passos uma pequena casa,varanda me acolhe
Família holandesa sorri
Há chá e bolo
O mato molhado se faz meu reino,minha cama a estrada
Esta família meio holandesa,meio brasileira meus vizinhos planetarios
Despeço me com gratidão
Sete quilômetros depois meu lar
 Reconheço,recomeço,reciclo,recomponho,reponho e pinto o abstrato da vida.

Alemão

A frente o belo
Em mim silêncio
Azuis teus olhos
Rugas tuas que perscruto,astuto,procuro histórias antigas
Lábios rasos,profunda covas em teu sorriso largo
Desvendo o mistério complacente que repousa em ti
Lhe digo pouco,ajo muito em teu corpo branco
Mordo
Atiro-me e reconheço a minha sorte
Ideias velhacos hoje póstumos
Soluço em teu peito aberto
Somos nós,introdução,epílogo,retrato

Estacionamento

Entre variadas Variant's,Volkswagen's e possiveis Fiat's
Possantes corpos,vejo, a se destacarem
Homens,mulheres e congêneres a se retorcerem
Lépidos,lívidos e despachados amantes,talvez amados
Cavalos alados a dar seus tortes
Há beijos,há risos,simulações e atritos
Tudo vejo,nada falo
Segue a vida:Olá,boa noite(boa tarde)
Outro carro.

Marília

Depois que se sente
Tremendo vazio infinita torrente
Sofreguidão em meio a vendaval,frio faz.O canto contralto triste
Atenua o frio companheiro
Contra o alto me pus a rezar:Ouve-me ó céus morada do D'us,a ti envio carta falada
Sei nem sempre confio
Tratarei sobre meu rogo:Enviaste nela presente de Julho
Apresentei gratidão,oferendas,perdão
Obtive apenas isso:Descompromisso
Omissão e castigo
Marília neste isolado novembro soturno
Subtraiu me

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Depois

Tenho aqui ficado
Movi o pé esquerdo um pouco para o centro
Voltarás é certo,ao menos acredito
Portanto permaneço
Se acaso a volta planejada não for
Mal algum fará,gosto da companhia das árvores
Assombro não há
Missão eremita pretendo,dia ou noite me são iguais
Essa falta da lembrança corrói,repentina despedida
Soubesse eu de tal propósito teu
Lânguidamente teria permitido o estalar de nossos lábios
Relaxadamente deslizaria em descompasso ardiloso dedos sobre nuca,cabelos,pescoço
Recalcado sexo despertaria,e de mais a mais,te faria dona/dono do prazer descabido
Sobrevoam pensamentos
Não há gorjeio encantador no pequeno pardal que pousa sorrateiro em meu ombro
Meu pé direito insinua certa similadirade com o vizinho
Nada entendo
Hoje seria dia propício ao choro convulsivo,frêmito de ira
Resignifico o sentimento
Dou me ao luxo de acompanhar pequeno pardal que me convida a passear por terras outras
Vou ao longe,vilarejos calmos,cisternas limpas,frutas esquecidas,velório de velho pajé,a tudo vejo
Cumprimento José,Oscar,Raimunda enquanto em voo curto um pouco a frente pardal me chama baixinho
Não canta
Observo o globo do mundo,roda-lo tem sido meu projeto futuro
O presente que hoje consta sem tua presença,tem sido refeito
Perfeito sorriso,indolor lembrança.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Da Morte,Ruben

Abristes tua boca,ó terra
Teus lábios engole hoje minha gente
Parte de meus sonhos maiores,minha carne
O tudo que hoje tenho
Riqueza não mais possuo
Sob terra repousa hoje meu arcanjo
A quem vi nascer,dorme
Tento desperta-lo em meus pesadelos recorrentes
Mas dorme,dorme Ruben
Um sorriso parece esboçar
Sou egoísta ao chorar?
Se Rúben sorri,não deveria tambem de estar contente eu?
Em turbilhão esta minha pobre mente
Ensaio a despedida,uma flor deixo em sua lápide
Duas,tres vezes ensaio,mas sempre volto
Impossível deixar Ruben sozinho
Já esta frio,estará ele com saudades?
Tão solar meu filho
Me pedia com constância:Pai vamos a praia?
Ah arcanjo tua voz firme de criañça sinto falta
Insistia em torcer para o time rival
Minha fé inabalavel de homem colorado cria que um dia viésses para esse lado bom
Corinthiano Ruben
O cemitério fechará sus portões,preicsam ir embora os funcionarios
A dor que me invade bem poderia ter hora de chegada e partida
No entanto em teu pai,ó Ruben ela fez morada
Por certo tais funcionarios beijaram seus filhos ao chegar em casa;e eu?
A quem beijarei?
De quem ouvirei histórias da escola?
Trocastes de endereço,não é verdade?
Um dia aconteceria...
Venho amanhã e não me atrasarei já que insistes em não voltar pra casa ao amanhecer contigo aqui estarei.
Continue a sorrir meu filho,teu pai hoje hora
Haveria de não ser assim?

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Estrada

Entre as rodas do caminhão,beijos
Num matagal bem proximo,sexo
Gremistas,Corinthianos,Palmeirenses
Talvez alguns se chamem Marcelo,outros Pedro
Chamo a todos de Daniel
Nome simples,básico,nome de meu avô
Não lembro do rosto do meu avô
Assim como não lembro dos rostos dos Varios Daniel
Lembro da altura de todos
Gosto de pernas longas
Meu avô era baixo
Gosto de negros,mas ja me apaixonei por olhos azuis
Ainda que tenha medo do mar
Os olhos germanicos,marejados do Daniel de 1,95 muito me encantou
Na placa de seu caminhão dizia Chapecó-SC
Já faz mais de tres meses que não o vejo
Não recordo do nariz,da boca,dos ombros
Apenas os olhos e as longas pernas me fascinaram
Houve tambem o Daniel negro 1,73,um homem veloz e prestativo
Guardo a lembrança de suas costas fortes
Temo pela sua esposa concerteza deve sofrer traições
Aquele homem é pra uma multidão,não quem possa dete-lo numa simples noite,tarde ou manhã
Tem o Daniel ruivo com forte sotaque carioca,mas me disse ter nascido no Espirito Santo,comunicativo ao extremo,estranhei
Depois de feito o meu trabalho não remunerado,saio com meu Mercedes Benz contente de certa forma alivio a solidão de homens que como eu não possuem resposta para seus atos no entanto buscam o prazer na forma de completarem a si e o mundo.
Prazer me chamo Ulysses,Ulysses Daniel.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Prêmios e Bolachas

Nem tudo se permeia pela beleza
Há marquises imperfeitas,prédios da cor bege,acirradas brigas motivada por tesão contido
Poesias tortas de romancistas geniais,romances ralos de poetas soberanos,espúrias declarações de amor e ódio
Nem tudo trevas são,haverão dias capazes de privilegiar o sorriso,há o sol que presenteia com cor,borboletas bailarinas coreografando o belo despertar, e tambem eu e você
Imperfeitos na arte das palavras,porém unidos na harmonia do amor.

Variantes

Sei bem de teus casos
De teu ar de galante espanhol
Galanteio brejeiro que ronda
A presa sem pressa a espreita
A procura,a devassa solene
Tudo em prontidão a espera
Fazes teu papel absoluto
Inspira canções poéticas,rimas noturnas
Soluça sozinho o pavor,és menino sortudo premiado com charme,te digo,te disse,repito
Por perto preferes ficar,estas sempre a volta
Te recebo,te aperto,sem perguntas,sem amargura,tristeza ou choro boemio
Mera psicologia de botequim
Aceito teus outros amores,fatores inerentes a mim
Na química de nossos corpos,outros tantos e tantas,são recebidos com confete e festim.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Sopro

Alço vôo,lua nada
Ente beijos,mar,estrada
Corro ao longe,vago escuro
Revolvido taciturno
Canto,entoo,solto versos
Rimo riso,verbo incerto
Danço sempre,berço inato
Certo somente o acerto raso
Acidentado sentimento,comablido por razões
Amarelo pardo
Sozinho no quarto trancado
Arranca esparadrapos,maqueia-se resoluto,pérfuma-se e grita:Paixão em ti me condenso.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Convite

Se a poesia não fosse de morte
Celebraria comigo a injuria da vida
A noção espuria do radio
Insípida canção tardia
Se de morte não fosse a poesia
Talvez alegria trouxesse
Rima facil de débeis
Riso frouxo forçado,sons advindos da dor
Se D.Morte fosse poetisa
Contaria suas dores,quem sabe alegrias(alegorias de partidas)ofereceria licores,em seu forno teria pão,bolo,doces de confraria,acesa sempre a varanda seria
E se um dia a certeza dela deixar de ser medo,farei para ela poesia,creio que com outro enredo.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Desalento

Desanimada Denise chora
Por si,por ele,por elas
Espera no portão
Foi se o dia, a noite sauda
Cabelos ao vento,fios a dançarem uma valsa triste
A tempos seus brancos dentes perfeitos não são vistos
Desajeitadamente desce o pequeno morro
Descamba para a grande estrada
Derradeiro dia,Denise desconfiada,o encontra aos prantos,chorando por outra,Dalva
A ruiva,a ruminar vingança

terça-feira, 22 de março de 2011

Lívido

Até o mês passado
Aquela tarde me traiza tristeza
Não mais
Amadurecimento chegado
Idade aliada da consciência
Tempor um reforço da arte
Ando agradecido
Feliz por esses dias
Felicidade é algo estranho
Sente se por si e pelo outro
Inundado de paz quieta
Nem os berros da casa ao lado,me tira
Casulo zen tem sido o meu
Entrementes,escovas de cabelo e dentes,canetas,travesseiro e àgua
Uma reza
Mais um agradecimento
Pelos jovens felizes que cantam nas ruas
Pelas crianças do futebol chutado a esmo
Pelo beijo molhado no cinema escuro
Pelas mãos brancas abertas no sexo
Pelas coxas endurecidas
Pelo suor que escorre,bonito
O céu azul brilhante,avermelhado na tarde vibrante,escuro a noite
Rezo por vida
Revelação de dias ululantes

Elas e Eles

Ontem cantei para Rita
Sorri pra Marli
Desenhei Denise nua
Chorei por Marcela
Telefonei para Mércia,enviei sms para Joyce.
Beijei Mauricio,acordei com Danilo
Penso hoje em Jonas,João e José
Fecho os olhos e me vem a imagem de André
Que ao lado do outro,Raul
Nome antigo antídoto anti americano
Aconselha me a ser o homem bom que mama por etapas.
A estas pulo
Me atiro,corro,mordo,assopro e apago
Os nomes de ontem são muitos,a todos amos
Mas aguardo mais nomes para este
Este longo e modesto,alfabeto amoroso.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Unidos

Com as pernas em seus ombors
Olhos fixos,expressivos no gozo
Pêlos e póros eriçados
Instinto instigado pelo cheiro
Virilha quente,enmtrelaça os dedos
Vinte!
Ao todo o tudo unido num sopro
Sons!
Orquestra regida por maestros distintos
Ora Marcio,Ora Lincoln
Mestres prendados desprendidos de temor
Arremessam pavores,dialeto do amor.

Éder Schwartz

Ergue o ego um dia esquecido
Olha no espelho,o rapaz nada franzino
Ele é gordo
Rosto saudavel,forte
Nariz grande,orelhas com brincos
Mediano na altura,1,69 de pura mulatice
Expertise companheira sagaz
Artilheiro nas letras
Pensa em não ser obeso
Caminha na noite,transa de madrugada,trabalha de manhãpela tarde canta
É feliz ao acreditar na esperança
Desentende se com a vida
Briga,simula,estuda,atua,atura família que nao o atende
Entende,
Artista é.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Festa

Os festejos de hoje tem sido feito aos gritos
Berros perfeitos dissonantes em si
Ha lampejos de fogos,ha guris enormes correndo aqui
Forte musica,firme passos daquilo que chamam coreografia
Ha sorrisos e livros
Palpite...Palpitam sobre os cabelos dela,cachos deles
Ouvindo alguem!
Ficou escuro a foto de Antonio
La no fundo,bem no fundo da festa
Perto do barco de pesca
A foto desfocada,feia,chata enfim
Foi esquecido Antonio,que ontem era imperador do peito de Carlos
Foi deposto
Hoje a festa sem nome pode ser de Lucio,Dalva,Marina,Joaquim
Ha quem diga que Felipe foi escolhido
Ha quem diga que ele se diz feliz
Apenas festeja ele sem olhar pra foto de ontem
Longe,la longe,no barco que se vai

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Tarde

Com o corpo negro estendido em minha frente
Seus olhos fechados,relaxados,assim como todo seu corpo
Sua boca perfeitamente buscando sulcos salivares advindo de labios trêmulos
Rompante de gemidos,dedos fortes enlaçados
A força vibrante de sua boca na genitalia mais que rigida,me desconheci
Na tarde me refiz por mais de cem vezes
Achei e me perdi na diferença de segundos
As horas somadas,passaram-se de três
Refizemos o caminho
Recomeço do beijo na porta de saída
Pensava não mais apaixonar me
Mas baixinho confessei o tesão que sinto pelo homem que cruza o portão marrom

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Leandro

Nosso desabrochar feito diariamente sem retoques
Anti luxo,desobstruido de vaidades externas,precisão afiada
A língua que engole tambem chupa,suga,deleita-se no prazer acompanhado
E este calor que sobe?
Esta fome do teu corpo noite adentro
Torpor exposto na pele eriçada
E o toque dos pés?
O frio que subiu deste gelo em tua boca em contato com as costas quentes tão minhas até ontem
Eu digo teu nome sem medo
Suspiro em meio a tua barba,pelos em póros tão limpos
E olho nestes teus olhos puxados,e sorrio
Sopro a dor de ontem com a risada gostosa partilhada contigo
Onde estiveres sei que ainda estaras aqui
O nosso lugar tem sido em meio a muitos
Uma ilha
Esta repleta de amor e explícito sexo selvagem
Nossa relíquia colocada em cima de nossa estantede luxuria