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quinta-feira, 24 de julho de 2008

Feitura


Criticam-me por ser meloso
Poesias ruins verborragia de um corno
Criticam e dizem que não foi por mal
Foi sem querer
Rir do pateta que sofre
Poeta um dia pode ser
Desencano rápido pois a lógica deles
Trilha irreparáveis caminhos
Tudo é passado
Querem revolução no presente
Planejam ser o futuro do futuro
Escorregam na vaidade
Se atrapalham na gentileza
Abraço minhas antiguidades
Baratas e próprias antebraço quente
Amparo pra enxaqueca instalada
Se faço poesias
Reparo nas beatitudes e queixas
Se faço poesia,espero
Incerto destino que chega
Avisto pagamentos de compras
Relógios e pulseiras de prata
Lata artigo de luxo
Na favela de minha empregada
Canta forte seus sambas
Bolero um dia ouvi
Se faço poesia ofereço
Cansada começa a dormir
Ontem fui a pé pela rua
Noite escura,àrvores feias,frio cortante
Cumprimentos esquecidos
Rápidos automóveis e infelizes fast food's
Se faço poesia,descanso
Distribuo abraços,bem quero o tolo.

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